Abertura do Ilê Axé Omin Otá Odara

História do Ilê Axé Omin Otá Odara

ileotaodaraSeria no dia 18 de junho de 2011, mas, quis Olodumare que em 19 de outubro de 2013 o Ilê  Omin Otá Odara fosse oficialmente aberto.

Esse nome foi dado por minha navalha, o Babalorixá José Flávio Pessoa de Barros de Oxaguian, do Ilê Asé Omí Iwyn Odara, que por sua vez, foi iniciado por Iyá Nitinha de Oxum do Ilê Asé Iyá Nasso Oká, mais conhecido como a Casa Branca do Engenho Velho, uma das mais tradicionais Raízes de Ketu.

A “Casa da Força das Águas e dos Lindos Espíritos das Árvores” plantou a “Casa da Força das Águas e das Lindas Pedras Encantadas”, na mesma cidade, em Cachoeiras de Macacu no Rio de Janeiro.

O Ilê foi aberto pelas mãos de Iyá Débora de Oxum – Iyalorixá de Asé Iyá Nasso Oká Ilè Osum, sucessora do Asé de Miguel Couto deixado por sua avó Iyá Nitinha de Oxum e hoje, a  minha zeladora. Emoção que não tenho como descrever!

Muitos foram os momentos que as lágrimas vieram, mas, tentei ser forte como o Jequitibá que existe na região.

O dia amanhecia em 18 de outubro e fui levada por um irmão Egbomy Luís Filipe de Oxaguian junto com meu Hungbóno e minha mais velha de Oxum para o Ilê.

E lá chegando meu Hungbóno Ronaldo de Exu foi quem tão bem conduziu o administrar da casa para receber Miguel Couto.

Ao ver Ekede Jussara entrar no portão com a pequena Sara e minhas mais velhas Egbomy Eliete de Oxumaré e Egbomy Fátima de Oxum foram sinônimo que o momento era aquele.

A Ekede da Oxum de Mãe Nitinha e a energia da Egbomy Eliete de Oxumaré me deixaram sem voz. Miguel Couto havia chegado. Daquele momento em diante, eles receberam as chaves da casa.

Foi tudo muito rápido e o “Igbin Atômico” de Meu Pai estava lentinho e lerdo, mal mexia a cabeça.

Foi chegando aos poucos, o primeiro Ogum, o primeiro Oxaguian, minha única Yao, as minhas Ekedes e um pouco depois minha Iyá Débora e Vó Florzinha com a corte do Bori. Nesta hora eu não vi mais nada. Um turbilhão de lembranças e um sem saber onde colocar as mãos.

Iyalorixá Marlene de Oxalufan

19 de outubro de 2013

Cachoeiras de Macacu – RJ